terça-feira, 22 de março de 2011

Precisão feminina

Sabem o que eu mais amo e admiro nas mulheres? A precisão das informações passadas por elas.
Ontem acabou o gás e eu queria fazer um ovo para colocar no meu sanduíche. Minha esposa me deu a dica de fazer o ovo no micro-ondas. "Coloque o ovo no micro-ondas por 2 minutos", foi o que ela disse. Fiz exatamente conforme orientado. Buuuuummmmm, Plooooffff! O ovo explodiu, criando um papel de parede lindo no micro-ondas todo. Quando contei a ela o que tinha acontecido, ela me indagou: "Você colocou um pouco de água no ovo?".

Se for fazer ovo no micro-ondas, dêem uma olhada nos links abaixo, em vez de perguntar para a esposa.
http://blog.veronicalaino.com.br/2010/01/21/como-cozinhar-ovos-no-microondas/
http://tudogostoso.uol.com.br/receita/7713-ovo-frito-no-microondas.html
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080804094343AAjVWOM

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Imediatismo #4

Quem não gosta do verão? Dias mais longos, férias, praia, muita animação na rua... Mesmo com tanta coisa boa esta época é marcada pelo medo das enchentes e deslizamentos. Vide a catástrofe que assolou a região serrana do Rio de Janeiro.

Já fui morador de Teresópolis e agora vivo na Grande São Paulo e tenho acompanhado os problemas decorrentes da chuva bem de perto, perto até demais.
As causas de tantos problemas são muito claras para mim. Crescimento desordenado da população urbana, ocupando margens de rios, quando estes não são canalizados e desaparecem embaixo da cidade, e o crescimento vertical das cidades.

Quanto mais prédios na cidade, maior a concentração de problemas. A infraestrutura não suporta a densidade demográfica. As vias não conseguem deixar fluir a grande quantidade de carros. A geração de lixo e esgoto, o consumo de água e alimentos são muito grandes. O lixo que não é recolhido vai parar nos pobres rios, agora cobertos por muito concreto, entupindo sua passagem. Quando chove a água tem de continuar fluindo mas por dentro daquele pequeno canal subterrâneo que se tornou o rio não dá, então ele resolve passar por cima das ruas. Pobre não são os rios e sim o Homem, de achar que pode vencer a natureza e confiná-la onde ele bem quiser.

E qual é a solução? Os governantes acham que a construção de piscinões resolvem o problema. Maldito imediatismo. A mesma história do barco furado que contei no texto "Imediatismo #2". Acho que esta seria uma solução emergencial mas tratam-na como definitiva. Temos que respeitar a natureza e dar espaço a ela. As margens dos rios devem se manter desocupadas. Mas o que fazer com os rios que tem suas margens ocupadas ou que foram canalizados? Infelizmente a resposta é DESOCUPAR. "Como? Você está louco?" é o que falam para mim quando digo tal coisa. Eu entendo a reação. Esta solução é dificílima mas é a única. Enquanto isto não for feito, não importa a quantidade de piscinões que sejam construídos, as enchentes ocorreram e louco será aquele que continuar morando nestes locais (a cidade inteira é afetada e não só quem mora às margens do rio), passivamente, e continuar reclamando sem fazer nada. Eu já tenho meus planos de deixar a Grande São Paulo. Pode demorar um pouco mas o farei. Prezo muito a minha sanidade e aqui, na metrópole, ela está seriamente comprometida.

Eu sempre escuto as pessoas enumerando os problemas de São Paulo, numa lista enorme, com itens que nunca acabam, mas todos estes problemas podem ser resumidos em uma única palavra, "Verticalização", esta é a causa de todos os outros.

Quando viajei à Itália eu vi várias cidades pequenas mas muito próximas, umas das outras, e ligadas por trens elétricos (trens comuns, nada de Trem-Bala). Não haviam tantos prédios. Os rios tinham espaço suficiente para fluir, com lindos caminhos de terra batida às margens, para a circulação de pedrestes e ciclistas, sob muitas árvores. Esta é a solução que enxergo para os problemas de trânsito, lixo, chuvas, etc, dos grandes centros. A concentração de muita gente em um lugar só traz muitos problemas. Temos que aprender a viver diferente, em grupos de pequenos grupos. É difícil, eu sei, mas precisamos mudar senão continuaremos tendo os mesmos resultados (leia-se, problemas).

Converse com uma pessoa de um grande centro e com outra de uma cidade pequena. Você perceberá um grande distúrbio psicológico na primeira, resultado do estresse causado pelo trânsito, enchentes, etc. É assim que você quer viver? Eu não!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ABC do Dilúvio


Pai, mãe, família, amigos, NÓS ESTAMOS BEM! É bom avisar antes porque as imagens não são bonitas. Hoje passamos, eu e Michel, por momentos bem estressantes. Aliás, nós e a população do ABC paulista, que ficou ilhada em sua própria cidade e sem ter como voltar para casa (quem ainda tinha casa, porque só penso em que mora nas comunidades das encostas da região).


As fotos foram feitas todas do celular do meu marido, na região do Paço Municipal de são Bernardo do Campo, por volta das 18:00h de hoje. O ônibus fretado da empresa que ele trabalha estava passando pelo local, se dirigindo para Santo André e São Caetano, onde os últimos empregados ficariam. Segundo ele, a chuva forte começou um pouco antes e logo os motoristas começaram a entrar em pânico, fechando cruzamentos e inclusive dirigindo na contramão. Para quem não conhece, o Paço Municipal fica numa grande rotatória que recebe o fluxo de várias vias importantes, e é a ligação entre partes importantes de São Bernardo do Campo (centro e bairros do sul), Santo André (centro e acesso a Av. dos Estados) e São Paulo (extremo sul). Além disso, dá acesso à rodovia Anchieta, que liga São Paulo à baixada santista. Isso quer dizer que, quando o local para, muito do ABC fica parado também. Como o caos do trânsito se instalou, os veículos não puderam passar e as pessoas tiveram de assistir o nível da água subindo rapidamente (comparem a primeira e a terceira fotos) sem poder passar nem voltar por onde tinham vindo. Pelas fotos é possível avaliar um pouco o que aconteceu: carros boiando e batendo uns nos outros, pessoas sem poder sair do meio do alagamento, gente dentro do ônibus, presa e sem opção. A chuva forte não durou muito mas o grande lago em que se transformou o lugar não se desfez logo e até as 21:00h o tráfego não estava normal ainda.


Enquanto isso, eu estava em Santo André, dentro do shopping ABC, onde cheguei por volta das 17:20h, e onde também a situação não foi tranquila. Eu tinha de levar uma encomenda à agência dos Correios e deveria me encontrar com o marido para irmos jantar em São Caetano do Sul. Cheguei com céu claro, sem sinal de chuva nem problemas. Estacionei, postei a encomenda e pedi um capuccino em um café no andar térreo. Nem bem minha bebida chegou, as luzes apagaram e ficou tudo escuro até a iluminação de emergência começar a funcionar, uns 15 segundos depois. Eu tinha um livro e fiquei lendo por uns 10 minutos até tudo ficar escuro de novo. Como a situação não mudou e eu não sabia da chuva forte, depois de um tempo resolvi ir ver o que estava acontecendo. O celular não funcionava (obrigada, Claro!) e só consegui notícias com um segurança que me disse que o gerador de energia do lugar tinha pegado fogo e que o quarto andar do estacionamento foi alagado (as garagens ficam em cima das lojas e o quarto andar fica na cobertura, é parcialmente aberto). Rá!



Só metade das luzes de emergência funcionavam e as pessoas telefonavam, queriam sair, se preocupavam com os carros, tudo num minicaos... Tenho uma curiosidade quase mórbida pelo comportamento humano e fiquei observando pessoas meio que desesperadas para ir embora e me perguntava para onde elas iriam. A tempestade foi forte o bastante para parar o sistema de transporte coletivo, com certeza haveria muitas áreas bloqueadas pela água e corria um verdadeiro rio pelas rampas de acesso às saídas, tornando a ideia de descer alguns andares por elas não muito inteligente. Com certeza, naquele momento, lá era o lugar mais seguro. Depois fiquei sabendo que o teto de parte de um outro shopping, esse ao lado do Paço, cedeu com a chuva causando um grande estrago, mas naquela hora era a melhor opção que nós tínhamos.

Depois de algumas horas, as lojas começaram a fechar e os funcionários a ir embora. Não tinha mais jeito de ficar lá e resolvi tentar ir para casa. Já tinha tido notícias do marido e queria ver como a bicharada estava. Muitas ruas não tinham semáforos e vi muita gente a pé porque os ônibus e troleibus não funcionavam. Tive de mudar de rota muitas vezes porque a maioria dos caminhos estavam bloqueados, mesmo sem chuva. Também havia muitos carros estacionados, com jeito de quebrados alguns vítimas dos alagamentos. Depois de algum tempo, por volta das 21:00h, finalmente consegui chegar, em segurança e só um pouco estressada com toda a situação. Fico preocupada lembrando das últimas imagens da região serrana do Rio de Janeiro e pensando o quanto daquilo se reproduziu aqui também. Muita gente só deve estar chegando em casa agora e alguns talvez ainda tenham um longa noite pela frente. Lembro perfeitamente que ano passado, tudo isso aconteceu também e penso o quanto poderia ter sido evitado.





*desculpem a edição do texto mas nem o blogger, nem o cansaço mental estão colaborando hoje.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu Post de Natal

O post estava prontinho, mas o Pedro Rabello escreveu quase tudo que eu queria dizer. Olha lá no Pimenta na Tela!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

HO HO HO!!!


Imagem: Web na Trilha

Tem dias em que a pessoa PRECISA sair de casa no fim da noite para comprar um doce, qualquer doce. Sou louca?

P.S.: receita aqui.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Só é Engraçado no Desenho

Pateta mora na minha cidade, certeza.