Pai, mãe, família, amigos, NÓS ESTAMOS BEM! É bom avisar antes porque as imagens não são bonitas. Hoje passamos, eu e Michel, por momentos bem estressantes. Aliás, nós e a população do ABC paulista, que ficou ilhada em sua própria cidade e sem ter como voltar para casa (quem ainda tinha casa, porque só penso em que mora nas comunidades das encostas da região).
As fotos foram feitas todas do celular do meu marido, na região do Paço Municipal de são Bernardo do Campo, por volta das 18:00h de hoje. O ônibus fretado da empresa que ele trabalha estava passando pelo local, se dirigindo para Santo André e São Caetano, onde os últimos empregados ficariam. Segundo ele, a chuva forte começou um pouco antes e logo os motoristas começaram a entrar em pânico, fechando cruzamentos e inclusive dirigindo na contramão. Para quem não conhece, o Paço Municipal fica numa grande rotatória que recebe o fluxo de várias vias importantes, e é a ligação entre partes importantes de São Bernardo do Campo (centro e bairros do sul), Santo André (centro e acesso a Av. dos Estados) e São Paulo (extremo sul). Além disso, dá acesso à rodovia Anchieta, que liga São Paulo à baixada santista. Isso quer dizer que, quando o local para, muito do ABC fica parado também. Como o caos do trânsito se instalou, os veículos não puderam passar e as pessoas tiveram de assistir o nível da água subindo rapidamente (comparem a primeira e a terceira fotos) sem poder passar nem voltar por onde tinham vindo. Pelas fotos é possível avaliar um pouco o que aconteceu: carros boiando e batendo uns nos outros, pessoas sem poder sair do meio do alagamento, gente dentro do ônibus, presa e sem opção. A chuva forte não durou muito mas o grande lago em que se transformou o lugar não se desfez logo e até as 21:00h o tráfego não estava normal ainda.

Enquanto isso, eu estava em Santo André, dentro do shopping ABC, onde cheguei por volta das 17:20h, e onde também a situação não foi tranquila. Eu tinha de levar uma encomenda à agência dos Correios e deveria me encontrar com o marido para irmos jantar em São Caetano do Sul. Cheguei com céu claro, sem sinal de chuva nem problemas. Estacionei, postei a encomenda e pedi um capuccino em um café no andar térreo. Nem bem minha bebida chegou, as luzes apagaram e ficou tudo escuro até a iluminação de emergência começar a funcionar, uns 15 segundos depois. Eu tinha um livro e fiquei lendo por uns 10 minutos até tudo ficar escuro de novo. Como a situação não mudou e eu não sabia da chuva forte, depois de um tempo resolvi ir ver o que estava acontecendo. O celular não funcionava (obrigada, Claro!) e só consegui notícias com um segurança que me disse que o gerador de energia do lugar tinha pegado fogo e que o quarto andar do estacionamento foi alagado (as garagens ficam em cima das lojas e o quarto andar fica na cobertura, é parcialmente aberto). Rá!

Só metade das luzes de emergência funcionavam e as pessoas telefonavam, queriam sair, se preocupavam com os carros, tudo num minicaos... Tenho uma curiosidade quase mórbida pelo comportamento humano e fiquei observando pessoas meio que desesperadas para ir embora e me perguntava para onde elas iriam. A tempestade foi forte o bastante para parar o sistema de transporte coletivo, com certeza haveria muitas áreas bloqueadas pela água e corria um verdadeiro rio pelas rampas de acesso às saídas, tornando a ideia de descer alguns andares por elas não muito inteligente. Com certeza, naquele momento, lá era o lugar mais seguro. Depois fiquei sabendo que o teto de parte de um outro shopping, esse ao lado do Paço, cedeu com a chuva causando um grande estrago, mas naquela hora era a melhor opção que nós tínhamos.
Enquanto isso, eu estava em Santo André, dentro do shopping ABC, onde cheguei por volta das 17:20h, e onde também a situação não foi tranquila. Eu tinha de levar uma encomenda à agência dos Correios e deveria me encontrar com o marido para irmos jantar em São Caetano do Sul. Cheguei com céu claro, sem sinal de chuva nem problemas. Estacionei, postei a encomenda e pedi um capuccino em um café no andar térreo. Nem bem minha bebida chegou, as luzes apagaram e ficou tudo escuro até a iluminação de emergência começar a funcionar, uns 15 segundos depois. Eu tinha um livro e fiquei lendo por uns 10 minutos até tudo ficar escuro de novo. Como a situação não mudou e eu não sabia da chuva forte, depois de um tempo resolvi ir ver o que estava acontecendo. O celular não funcionava (obrigada, Claro!) e só consegui notícias com um segurança que me disse que o gerador de energia do lugar tinha pegado fogo e que o quarto andar do estacionamento foi alagado (as garagens ficam em cima das lojas e o quarto andar fica na cobertura, é parcialmente aberto). Rá!
Só metade das luzes de emergência funcionavam e as pessoas telefonavam, queriam sair, se preocupavam com os carros, tudo num minicaos... Tenho uma curiosidade quase mórbida pelo comportamento humano e fiquei observando pessoas meio que desesperadas para ir embora e me perguntava para onde elas iriam. A tempestade foi forte o bastante para parar o sistema de transporte coletivo, com certeza haveria muitas áreas bloqueadas pela água e corria um verdadeiro rio pelas rampas de acesso às saídas, tornando a ideia de descer alguns andares por elas não muito inteligente. Com certeza, naquele momento, lá era o lugar mais seguro. Depois fiquei sabendo que o teto de parte de um outro shopping, esse ao lado do Paço, cedeu com a chuva causando um grande estrago, mas naquela hora era a melhor opção que nós tínhamos.
Depois de algumas horas, as lojas começaram a fechar e os funcionários a ir embora. Não tinha mais jeito de ficar lá e resolvi tentar ir para casa. Já tinha tido notícias do marido e queria ver como a bicharada estava. Muitas ruas não tinham semáforos e vi muita gente a pé porque os ônibus e troleibus não funcionavam. Tive de mudar de rota muitas vezes porque a maioria dos caminhos estavam bloqueados, mesmo sem chuva. Também havia muitos carros estacionados, com jeito de quebrados alguns vítimas dos alagamentos. Depois de algum tempo, por volta das 21:00h, finalmente consegui chegar, em segurança e só um pouco estressada com toda a situação. Fico preocupada lembrando das últimas imagens da região serrana do Rio de Janeiro e pensando o quanto daquilo se reproduziu aqui também. Muita gente só deve estar chegando em casa agora e alguns talvez ainda tenham um longa noite pela frente. Lembro perfeitamente que ano passado, tudo isso aconteceu também e penso o quanto poderia ter sido evitado.

*desculpem a edição do texto mas nem o blogger, nem o cansaço mental estão colaborando hoje.
*desculpem a edição do texto mas nem o blogger, nem o cansaço mental estão colaborando hoje.
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